Tenho
acompanhado através dos canais temáticos (especialmente o France 24) a dureza
da luta sem tréguas que os franceses têm vindo a desenvolver contra o governo ,numa
derradeira e decisiva oposição ao início do fim dos seus direitos laborais e
cívicos , tão ferozmente atacados pela clique liberal e reaccionária que
actualmente domina a Europa. Nunca, desde o pós-guerra, se tinha assistido a
semelhante ataque ao Estado-Social e às conquistas civilizacionais dos povos de
toda a europa. O pior é que só os Franceses e algumas raras e honrosas
excepções, como os Estivadores do Porto de Lisboa (os verdadeiros, não os
fura-greves precários que se contentam em trabalhar p´rá bucha) ousam resistir a
esta esta selvajaria reaccionária que tenta minar e emporcalhar tudo o que ainda funciona
em termos legais e contratuais, espalhando a precaridade e a regressão
civilizacional, aliada a uma exploração desenfreada em todo o lado, onde antes havia regras; tudo isso com a
complacência e muitas vezes a cumplicidade quer das vitimas acéfalas que
explora, contando com o sigilo e a cobertuda da generalidade dos meios de “conspurcação
social”, (radios, tvs e pasquins controlados pelos centros de decisão e poder globalizantes).
Para os irredutíveis gauleses, o meu abraço solidário:
Allez, Allez , Les Gaulois!
A
estratégia não muda: coloca-se uma parte dos pagantes contra a outra com
argumentos falaciosos, do tipo “porque é que alguns trabalham 35 horas e os
outros são obrigados a 40?”; “porque é que os Estivadores Sindicalizados têm um
excelente contrato e os outros ganham pouco acima do mínimo e são obrigados a
fazer imensas horas extra para não passar fome?”; “porque é que os reformados
têm melhores reformas do que nós teremos no futuro (pelo andar da carruagem-
nem sei se as chegamos a ter)???” ; etc. etc….
Que
falta de criatividade!!! Já o bolorento “Botas” usava a mesma técnica há 60
anos ou mais.
O verbo trabalhar na “socialista” França de Hollande(free translation):
Eu trabalho, Tu trabalhas, Ele
trabalha, Nós trabalhamos, Vós trabalhais, ELES LUCRAM.