"...por ter feito parte então como primeiro-ministro de Portugal, da decisão de votar contra na ONU, em 1987, pela então libertação incondicional de Nelson Mandela. “O nosso embaixador seguiu aquilo que era a prática portuguesa: recusar a luta armada, tendo presentes os 400 mil portugueses que estavam na África do Sul, a guerra civil em Angola, a guerra civil em Moçambique e o que seria o incendiar de guerras por toda a África Austral”....
Um ano depois da votação na ONU, em 1988, Cavaco recebeu a visita em Portugal do presidente sul-africano e, garantiu, teve com ele uma reunião que “correu muito mal”. “Precisamente, porque Portugal insistia muito na libertação de Mandela e de outros presos...”
Ao contrário das mal-intencionadas e ignorantes mentes internáuticas que elegeram o nosso Aníbal de Boliqême como alvo das suas aleivosas frustações (resultantes da quase total ausência de qualidade de vida), vem o K'A NOJO insurgir-se enérgicamente contra estes suezes ataques àquele que é, simplesmente, o maior intérprete-vivo do nosso fabuloso património de Politica Internacional e Relacionamento Externo, especialidade cujo fio condutor remonta aos primórdios da Nacionalidade:
A DIPLOMACIA da TRIPLA
Como resulta bem claro das 2 citações anteriores perante um mesmo evento ou facto histórico (no caso acima descrito-a votação na ONU de uma moção para a libertação incondicional de Mandela em 1987):Votamos "1" ou seja na vitória da equipa da Casa (o Governo Sul-Africano/Boer), borrifando-nos completamente em Mandela.
Um ano mais tarde, já prevenindo uma mais que provável derrota do Apartheid, Aníbal atira-se aos calcanhares do Presidente Boer (já em queda) no momento em que este se tinha deslocado a Lisboa à procura do apoio de um estado que lho tinha proporcionado um ano antes. Puro engano: Cavaco puxa-lhe o tapete, num fantástico golpe de rins, ficando dessa forma posicionado para qualquer um dos 3 possíveis desfechos do conflito:
1- Vitória do Apartheid, X- Empate ou seja Guerra-Civil ou 2- Vitória do ANC de Mandela (como viria a suceder).
Quem, pois, melhor que Hannibal para representar a nossa política externa no velório e exéquias fúnebres do "Homem"??????
Como referido anteriormente, se há alguma especialidade em que somos reconhecidamente exímios, ou mesmo Grandes-Mestres no plano internacional é na subtileza com que executamos estas "flutuações" de politica externa de tipo "SIM, ou NÃO, mas TALVEZ, ou até NIM". Atente-se na extraordinária performance diplomática durante a 2ª Guerra Mundial- (conseguimos no espaço de 6 anos, percorrer e subscrever todas as 3 possíveis frentes do conflito (pró-nazis, Neutros e Aliados) ou, mais recentemente a vergonhosa prestação em solo Grego do "Menino das Maças" , assumindo o papel de zeloso empregado Merkeliano- fanático pela Austeridade enquanto, semanas antes, o seu próprio Governo se esforçava por negociar a posição contrária, tentando obter da Troika uma dilatação dos prazos dos defices-anuais de "empobrecimento"...
Força Aníbal! A Cara de Pau do costume (ou seja: Firme e hirto como uma barra de ferro!!!) e se alguém perguntar alguma coisa respondes com a tripla do costume em Politiquês abjecto.