Ainda fiz duas tentativas para ler o “dito cujo” GUIÃO mas sua
a linguagem de cartaz politico-oco, com uma sucessão de frases redondas que se podem
aplicar simultaneamente a tudo ou a nada, recheadas com diversos laivos fascizantes
(de tipo revanchista), conduziu-me invariavelmente ao reino de Morfeu.
Confesso a minha absoluta falta de pachorra para aguentar mais de 2 ou 3
páginas deste género de purgantes.
Dessa forma comecei a interiorizar a
sua transformação sistemática num dramalhão de um obscuro escritor de apelido Bilderberg – edições Círculo
de Credores, com o título “ O Guião do nosso Descontentamento”. Esta
história mirabolante gira à volta de um empregadeco de apelido Coelho (bastante limitado intelectualmente) que, para mostrar serviço ao
seu Trio Patronal, chega diligentemente, a duplicar todas as suas funções
sopeirais, assumindo a tempo inteiro uma postura curvada e servil e procurando
ir sempre para além do mais ínfimo desejo patronal no processo de
empobrecimento selvático da sua terra. A ”palha”e “conversa de chacha” do
papiro original é substituída por um completo e exaustivo Manual de Instruções para a Despromoção completa
da Classe Média e o subsequente esbulho
implacável de todo o novo sector da Pobreza Nacional (agora reforçado com os
despromovidos da ex-classe-média).
É desta forma que Coelho se torna a personagem central de um
melodrama a nível nacional , num livro que só não chega a tornar-se um
Best-Seller, por falência do Mercado Interno.
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