sábado, 30 de julho de 2011

O Tartufo


Tal como na comédia original (de Molière) esta é a figura de um homem bem-falante, hipócrita e dissimulado.  Através de um diálogo de enorme subtileza e profundo facciosismo reaccionário,  consegue iludir a confiança de qualquer telespectador mais incauto,  virando-o inclusivamente contra os seus próprios interesses e direitos. Um belo  dia (a partir do último mês) deixa finalmente cair a pretensa máscara do rigor e isenção , para passar a defender à descarada e sem qualquer espécie de pudor, a camarilha do Anti-Social  (a que sempre pertenceu); Camarilha essa que,  chegada finalmente ao poleiro, executa de uma forma sistemática e implacável  o processo liquidação do Estado social, com  venda do País ao desbarato, ficando o saque dos despojos à disposição dos  abutres do costume,  num processo conducente ao maior retrocesso social de que há memoria.



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