domingo, 10 de novembro de 2013

O Guião do nosso Descontentamento

 
 

Ainda fiz duas tentativas para ler o “dito cujo” GUIÃO mas sua a linguagem de cartaz politico-oco, com uma sucessão de frases redondas que se podem aplicar simultaneamente a tudo ou a nada, recheadas com diversos laivos fascizantes (de tipo revanchista), conduziu-me invariavelmente ao reino de Morfeu. Confesso a minha absoluta falta de pachorra para aguentar mais de 2 ou 3 páginas deste género de purgantes.

Dessa forma comecei a interiorizar a sua transformação sistemática num dramalhão de um obscuro  escritor de apelido Bilderberg –  edições Círculo de Credores, com o título “ O Guião do nosso Descontentamento”. Esta história mirabolante gira à volta de um empregadeco de apelido Coelho (bastante limitado intelectualmente)  que, para mostrar serviço ao seu Trio Patronal, chega diligentemente, a duplicar todas as suas funções sopeirais, assumindo a tempo inteiro uma postura curvada e servil e procurando ir sempre para além do mais ínfimo desejo patronal no processo de empobrecimento selvático da sua terra. A ”palha”e “conversa de chacha” do papiro original é substituída por um completo e exaustivo  Manual de Instruções para a Despromoção completa da Classe Média e o subsequente  esbulho implacável de todo o novo sector da Pobreza Nacional (agora reforçado com os despromovidos da ex-classe-média).

É desta forma que Coelho se torna a personagem central de um melodrama a nível nacional , num livro que só não chega a tornar-se um Best-Seller, por falência do Mercado Interno.


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