terça-feira, 19 de julho de 2016

Em pleno “Enquadramento” Informativo



De algum tempo a esta parte vimos assistindo a uma radicalização progressiva desse esgoto a céu aberto onde se move e reproduz toda a informação (globalizante, fanática do Inevitável e do politicamente abjecto), que ,actualmente e  com um descaramento inaudito, chega a adulterar por completo notícias ou eventos, suprimindo ou omitindo todo e qualquer elemento ou componente informativo contrário às  teses aberrantes do politicamente abjecto, onde pretendam “enquadrar” a peça.

Não é prática que desconheçamos cá na “barraca lusa”, onde já está instituída  à bués,  até há pouco tempo, só se fazia notar na (des)informação da  área do desportiva em que só considera 2 tipos de clubes e jogadores:
  • os craques da capital com todos os predicados ao máximo (técnica, desportivismo, ausência total de maldade, humildade - nunca havendo razão para ser sancionados desportivamente, e sempre apoiados pela camarilha da informação  a 100% ,etc,etc,etc); e os outros
  •  os parolos, sarrafeiros , vantagistas e incultos, que só ganham à custa de batota, nunca tendo a seu favor  um unico orgão de informação da especialidade,  etc, etc.

Pois bem: a Imprensa desportiva fez a sua escola e agora são os restantes papagaios da classe a imitá-los, usando idênticas técnicas de manipulação da realidade e opinião pública. Exemplos? Existem os mais váriados:

  • Nos dias que antecederam as últimas eleições nacionais-A quantidade de reportagens repletas de entrevistas a  pirosos, com todo o tipo de baboseiras, em que baseavam os “isentos e rigorosos” comentadores, dando como adquirida uma nova vitória dos Inevitáveis  e austeritários  da PAF. Contados os votos e a consequente azia  da perda  da maioria absoluta iniciaram,  de imediato, a campanha do “Partido mais votado”; Como tal não desse resultado, passaram a  explorar até à exaustão as (pretensas) incompatibilidades dos partidos de esquerda para aprovar um orçamento e viabilizar um governo de cariz não-reaccionário;   finalmente, ultrapassada mais esta barreira, passaram a papaguear a estafada tese da Credibilidade do ex-Bom Aluno (fase em que ainda continuamos) com o seu paranormal desenvolvimento em processo das sanções germanófilas à provocatória Geringonça.


  • Lá por fora, tudo igual com o Brexit condenado ad inicio , culminando com o embuste da derrota do Brexit na  própria noite eleitoral. Mas aí fez-se justiça:tiveram de engolir um Sapo do tamanho da Torre de Londres pois, tal como por cá,  saíu-lhes  o “enquadramento” furado. Mas isso não lhes quebrou o ímpeto globalizante nem a determinação deturpadora, não senhor! No dia seguinte iniciam uma repugnante campanha, contra os (malandros dos) cidadãos britânicos a  quem apelidaram de xenófobos e reaccionários apenas porque votaram maioritàriamente na defesa da sua independência e fronteiras…  (estas acusações  vindas de correias de transmissão e  partidários acéfalos  da ideologia do global/inevitável/Goldman Sachs/Bilderbergs/etc  , só pode dar vontade de rir).  Em sparalelo dão início à campanha do papão/teoria do caos para quem ouse desafiar a ordem estabelecida pelos Directórios Globais:   "os ingleses vão comer o pão que o diabo amassou:… a bolsa, a libra, a economia,……. Vai Tudo para o fundo  e para a miséria!!! – Cenário delirante tirado quase a papel químico de cá com as previsões para a  Geringonça.


  •  E é neste vale de lágrimas de “enquadramento” em "enquadramento"  (des) informativo,  que chegamos a 18 de Julho de 2016, onde assisti a uma das mais lamentáveis reportagens em directo de toda a minha existência: A (pseudo) reporter???????!!!!!) , Márcia qualquer coisa ,enviada especial da RTP a Cleveland, Ohio gastou 99% da sua “reportagem????” a tentar denegrir o único e mais que provável candidato republicano à presidencia dos USA, chegando inclusive a afirmar que Trump não era aceite ,nem pelo seu próprio partido. Depois de um destaque fantástico às manifestações anti-Trump, sem sequer referir as de sinal contrário e com muitos mais adeptos, só lhe faltou dizer que nem, acreditava que Trump chegasse a ter meia dúzia de apoiantes.  Enfim, uma cabal demonstração de facciosismo, a roçar a estupidez e a cegueira política. Mas a quem seria destinada tal reportagem?????A um  universo de espectadores cegos, bloqueados pelo alcool  ou apenas a individuos mentalmente incapazes de pensar pela própria caixa dos pirolitos?????Esta visão acéfala que mistura a falta de rigor e com uma total ausência de ética informativa  nem devia ser admissível num pasquim ordinário e privado, quanto mais numa estação pública de televisão (com responsabilidades de informar de uma forma isenta os cidadãos proprietários do canal).   Nada me move a favor do Político, assim como nada tenho contra a sua pessoa ou ideologia política. As suas propostas dizem respeito aos americanos e devem ser avaliadas  por quem de direito; i.e. cidadãos do país em questão com direito a voto. Tal como no Brexit, quem está de fora, não racha lenha, e as suas parangonas apenas servem para poluir o ambiente e desinformar os mais incautos.


Podíamos continuar a “desfiar este rosário” de inúmeras situações em tudo semelhantes, pois infelis-mente quase todos os dias somos confrontados com estas torpes manobras do "enquadramento infor-mativo". 

Até quando o vamos admitir?

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